sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sorrir pra não chorar


Eu não chorei, nem choro na frente dos meus amigos, não por tentar ser forte, mas por tentar estar sempre bem, sempre ouço todos os problemas, e pra eles sempre estou bem, talvez seja até egoísmo meu não dividir nada do que acontece comigo. Hoje foi um dia abatido, apesar de ver uma amiga de muita intimidade, que saiu do nosso ‘seio’ estudantil, mas ao passar por aqueles lugares, os mesmos que passávamos há menos de um ano trás, e ver que a realidade mudou impressionantemente, as lágrimas vieram num fôlego enorme, e eu , fiz como sempre mamãe mandou, engoli o choro.

Embora muita gente não perceba, mas amamos os outros pelos detalhes, os ínfimos possíveis, e quando aquele seu amigo, não tá lá, aí você vê o quanto uma pessoa querida faz falta. Vamos lembrar sempre de como éramos felizes.

Hoje eu to triste, quem quiser me ouvir, me ver, me sentir, eu vou estar no meu quarto debaixo de uma coberta.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

‘... Nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer... ’


Acordou às quatro da manhã, foi direto ao banheiro, tomou um banho rápido e frio. Cozinha, café, carteira, chaves, ponto de ônibus. É assim a rotina de Maria, que todo dia acorda junto com o sol e sai para trabalhar. Logo vem o ônibus, nem tão cheio, ainda sobra lugar a se ficar de pé, e assim pega quatro lotações por dia, todas cheias, entre pessoas na maioria das vezes desconhecidas, na maioria das vezes, egoístas que nem sua sacola pega, entre sons de celulares, e conversas alheias segue ali sua viagem, poderia ser até falta de educação, mas não tem como tampar os ouvidos, para o que escuta, ela ouve uma mulher dizer que pegou o marido a traindo com a prima, puro clichê talvez, ou talvez a mesma história acontecida com Maria que sempre foi a favor de um casamento duradouro, mas não dava mais, não deu mais.

Maria todos os dias, ouvia musicas, muitas vezes desagradáveis, ouvia conversas alheias, empurrões, brigas, etc. Ela sempre suportara tudo, tudo o que um pobre sempre suporta dentro de uma sociedade egocêntrica, burguesa e capitalista, afinal, aquele era só um ônibus. Entretanto, pobres são aqueles que não entram em ônibus e não sabem o quanto é enriquecedor para a alma e para a vida.



Desculpem ultimamente à preguiça me consome.

Ninguém lê isso mesmo, lasquem se.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Numa rodoviária

Faz tanto tempo que não escrevo minhas tristezas e lamúrias

Acho que perdi a te a prática de me lamentar

Não vivo mais, sou um mero sinônimo, tenho duas passagens na mão

Uma pra agora outra pro futuro,

Quem me dera saber como ia ser lá na frente

Quem me dera lembrar um pouco do passado,

Ainda pertenço a minha carne, não achei meu equilíbrio,

Nem saciei minha gula ainda.

Meu Deus, ainda por ele clamo: onde estão meu amor, que não topei numa esquina qualquer?!

Ainda que o silêncio fosse tão oportuno não conseguiria pensar com ele

Somos todos feitos da mesma carne, dos mesmos defeitos, de qualidades distintas.

E me pego pensando se vou ser um adulto de trinta anos, ,egocêntrico e cheio de moral, vou esquecer-me dos ideais de adolescente?

Minha ideologia pra onde vai?

E se eu estivesse entre o abismo ainda sim não saberia escolher entre viver o hoje ou esperar o amanhã.

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