terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

‘... Nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer... ’


Acordou às quatro da manhã, foi direto ao banheiro, tomou um banho rápido e frio. Cozinha, café, carteira, chaves, ponto de ônibus. É assim a rotina de Maria, que todo dia acorda junto com o sol e sai para trabalhar. Logo vem o ônibus, nem tão cheio, ainda sobra lugar a se ficar de pé, e assim pega quatro lotações por dia, todas cheias, entre pessoas na maioria das vezes desconhecidas, na maioria das vezes, egoístas que nem sua sacola pega, entre sons de celulares, e conversas alheias segue ali sua viagem, poderia ser até falta de educação, mas não tem como tampar os ouvidos, para o que escuta, ela ouve uma mulher dizer que pegou o marido a traindo com a prima, puro clichê talvez, ou talvez a mesma história acontecida com Maria que sempre foi a favor de um casamento duradouro, mas não dava mais, não deu mais.

Maria todos os dias, ouvia musicas, muitas vezes desagradáveis, ouvia conversas alheias, empurrões, brigas, etc. Ela sempre suportara tudo, tudo o que um pobre sempre suporta dentro de uma sociedade egocêntrica, burguesa e capitalista, afinal, aquele era só um ônibus. Entretanto, pobres são aqueles que não entram em ônibus e não sabem o quanto é enriquecedor para a alma e para a vida.



Desculpem ultimamente à preguiça me consome.

Ninguém lê isso mesmo, lasquem se.

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